Ativistas protestam em Londres pela libertação de Julian Assange, do WikiLleaks
Mais de 40 organizações de defesa dos direitos humanos e da liberdade de imprensa pediram realizaram um protesto e divulgaram uma carta aberta pedindo a libertação “imediata” de Julian Assange, detido no Reino Unido e solicitado pela justiça dos Estados Unidos, que deseja julgá-lo por acusações de espionagem.
O governo dos Estados Unidos quer julgar o fundador dos Wikileaks, que completa 49 anos nesta sexta-feira (3), pela divulgação a partir de 2010 de mais de 700 mil documentos confidenciais sobre suas atividades militares e diplomáticas, em particular no Iraque e Afeganistão.
Em uma carta ao ministro da Justiça britânico, Robert Buckland, os signatários pedem ao governo de Boris Johnson que liberte “imediatamente” Assange e impeça a extradição para os Estados Unidos, onde ele poderia ser condenado a até 175 anos de prisão.
Entre as signatárias estão a ONG Repórteres Sem Fronteiras, PEN International e a Federação Internacional de Jornalistas. As organizações afirmam que a “perseguição” a Assange “contribuo para a deterioração da liberdade de imprensa no Reino Unido” e prejudica a imagem do país no cenário internacional.
Um tribunal britânico deve retomar em 7 de setembro a análise do pedido de extradição das autoridades americanas. Organizações de direitos humanos denunciam que Assange sofre tortura psicológica e acusam o governo dos Estados Unidos de hipocrisia, pois nenhum dos fatos ou documentos que o Wikileaks tornou público foi contestado. Assange argumenta que seu trabalho é jornalístico, em caso semelhante ao realizado no Brasil e nos EUA pelo The Intercept, de Glenn Greenwald.
AFP/Dom Total