TRÊS BUNKERS DA SEGUNDA GUERRA SÃO ENCONTRADOS ENTERRADOS NA BÉLGICA
Durante um projeto de restauração das dunas de Knokke, em Willemspark, na Bélgica, trabalhadores tiveram uma enorme surpresa ao removerem plantas invasoras do local. Afinal, por lá, eles descobriram três bunkers da Segunda Guerra Mundial que estavam a poucos centímetros abaixo da areia.
A cidade costeira de Knokke fica a pouco mais de 100 quilômetros da capital Bruxelas. Durante o conflito, o local fazia parte de um reduto alemão, que continha mais de 60 estruturas para proteger a costa de um ataque dos Aliados.
A descoberta ocorreu enquanto uma equipe da Agência para a Natureza e as Florestas (que integra parte de um projeto europeu chamado Life Dunias) foi até a região para restauras as dunas. Parte da operação consistia em remover espécies de plantas invasoras. Mas um funcionário acabou tropeçando em um grande bunker de concreto enterrado.
Sabendo da importância histórica da cidade, arqueólogos da Agência do Patrimônio Imóvel foram acionados para continuar a escavação. “Sabíamos que encontraríamos restos da guerra lá”, disse o arqueólogo Sam De Decker aos VRT NWS.
Também sabíamos que deveria haver um bunker ali. Mas o que encontramos aqui é muito maior”, prosseguiu.
Outras descobertas
Abaixo da areia havia três bunkers de um único cômodo, cada um medindo cerca de 6 por 7 metros. Segundo o All That’s Interesting, as paredes das construções eram feitas de concreto armado de cerca de um metro de espessura e as únicas entradas ao local ficavam nos telhados. Dentro dos bunkers, os arqueólogos encontraram tijolos e outros restos em poças de água rasas.
Os bunkers faziam parte da Muralha do Atlântico, uma linha de defesa alemã destinada a proteger a costa de invasões. Os arqueólogos também descobriram duas trincheiras de tijolos, um poço de água e parte de um caminho de concreto no local. As estruturas datam de 1942 a 1945.
Após o fim do conflito em 1945, os moradores locais decidiram enterrar a história da região, cobrindo as estruturas com camadas de areia. “É surpreendente que tantas pessoas já tenham esquecido que uma guerra ocorreu aqui há 80 anos”, continuou De Decker ao VRT NWS.
“Queremos voltar a transmitir a história da Muralha do Atlântico ao grande público. As dunas foram totalmente construídas naquela época. Bonitos ou feios, eles determinam em grande parte a aparência da paisagem dunar contemporânea e são uma parte inseparável do nosso passado coletivo”, finalizou.